Quem sou eu

Minha foto
Belo Horizonte, Sou do mundo e sou Minas Gerais, Brazil
Quem eu sou? Eu era uma estudante de mestrado em Coimbra. Desde o início de 2010, estou tentando me redescobrir. Sei que mudei. Uma nova Jana com muitas coisas da antiga Jana e tantas outras por descobrir. Voltei ao Brasil. Mestre em Comunicação. Mas minha mente continua entre idas e vindas. E ela vai longe...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Exercício de paciência

O balde está posicionado. Mas tem dia certo para ser chutado. Então, agora é um exercício constante de paciência para esperar a hora certa. E bota paciência nisso!!!... Ontem, esbarrei no balde e até derramou um pouquinho... Ops!

sábado, 23 de abril de 2011

É a lei?

Quinta-feira, li despretensiosamente um texto numa dessas revistas de 1,99. Não vi quem era o autor e, se tivesse visto, não teria lido. Mas isso foi bom porque o preconceito passou longe. E olha que era exatamente sobre o que venho pensando ultimamente, principalmente nessa semana.

Fala de uma tal lei da integridade, uma espécie de força que nos manteria no caminho do nosso melhor. Esse "melhor" é algo que depende de cada um, pois o que é melhor para mim pode não ser para você e tudo depende do estágio evolutivo do indivíduo. A princípio me pareceu muito papo de auto-ajuda e, claro, a luzinha vermelha do preconceito deu logo o sinal.
Mesmo assim, continuei a leitura (sou obstinada nesses casos, como leitora compulsiva, quando começo a ler algo, tenho que terminar...). Mas foi bom fazer um exercício: imagine-se tomando uma atitude x e veja o que sente. Se é bem-estar, significa que achou o seu melhor. Se não, melhor partir para outra. Auto-ajuda ou não, tudo se encaixou como uma luva para meu momento atual e até ajudou a direcionar uma decisão que venho adiando, porque só tenho considerado a razão na hora de pesar as consequências...
Quem se animar, faça o mesmo exercício. Depois me conte o que achou (ou melhor, o que sentiu).

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Muitas dúvidas, uma certeza

Estou sufocada. Sei o que não quero para mim. Mas tenho dúvidas sobre como agir. O que eu quero não está disponível agora. Precisa ser buscado e, para isso, é necessário ter tempo e dedicação. Por outro lado, sei que há uma coisa que, além de me sufocar, não me satisfaz, não me faz feliz, pelo contrário, tem me deixado presa, dificultado a movimentação, limitado a manifestação dos meus desejos. Será que vale a pena chutar o balde, ligar o foda-se, recomeçar sei lá o que sabe-se lá de onde?

Sinto um déja vu... Esses pensamentos e sentimentos povoavam meu ser no início de 2007. E esse foi um ano de chutar o balde. De virada. Será que é hora de novo de tudo novo? Mas como? O quê? Estou esperando as férias de junho para tomar decisões, porque penso que passear pela Europa, novos ares, reencontros possam mexer comigo e mudar de alguma forma o estado das coisas. Mas não está fácil esperar até lá. E agora? Chuto logo ou espero?

quinta-feira, 7 de abril de 2011

domingo, 20 de março de 2011

Expectativas

Marquei minhas férias.Comprei passagens, estou pensando nos roteiros, fazendo planos. É um misto de alegria, ansiedade, expectativas. Pois haverá muitos reencontros. Comigo mesma, com os lugares, com amigos e com o amor. O que será que será depois de um ano e meio? O melhor é eu me dedicar às minhas obrigações aqui - que não são poucas - em vez de ficar contando os dias. Tenho dois projetos com prazos talibãs para entregar e que estão arrancando meu couro; vou cursar uma disciplina isolada do doutorado da Faculdade de Letras; tem as aulas de dança; tem os compromissos sociais (como o niver da Noemi em Salvador). Coisas para ocupar corpo e mente não faltam. Mas quem disse que consigo parar de pensar em junho???? :-)))

segunda-feira, 14 de março de 2011

Tudo que é bom...

... dura pouco! Esses ditados populares têm mesmo razão de ser. Depois da paz e do sossego de Moreré, fui atropelada pelo dia de hoje. "Rapaix, muléee, quero não, posso não!!!" Só por ter folgado na quinta e na sexta depois do carnaval. Quando cheguei à empresa, havia 60 emails na minha caixa!!!!! Gente, 60!!!!!! Só para ler, arquivar, responder, resolver, imagina o tempo gasto! Isso sem contar o dois projetos que estou conduzindo que ficaram atrasados por causa de míseros dois dias, pois parece que tudo resolveu acontecer quinta e sexta. Claro! É a lei que nunca falha! Valha-me Murphy!!!!!! E que me ajudem todos os santos, orixás, guias, anjos da guarda e quem mais puder, porque a semana só está começando!!!! Epa!!!!! :-)

domingo, 13 de março de 2011

No paraíso

Moreré, na Bahia, é um paraíso. Para quem gosta de sossego, mas muito sossego mesmo. A vila tem três "ruas" de areia e uma vida que segue em outro ritmo. E tomara que continue uma saga chegar até lá, para que o lugar continue lindo, preservado e vazio!!!!

Primeiro: vôo de BH para Salvador - chegada ao aeroporto
Segundo: pegar o ferry de Salvador para Itaparica
Terceiro: bus de Itaparica (Bom Despacho) para Valença



Quarto: barco para Boipeba

Quinto: trator de Boipeba para Moreré

sábado, 5 de março de 2011

É carnaval!

Chegou! Não acredito que já é meu segundo carnaval depois que voltei. Quando estamos distantes, ficamos pensando no pessoal se divertindo por aqui, enquanto nós estamos lá, no maior frio. No meu caso, me contentando com o carnaval luso-brasileiro de Mealhada.


Em 2010, fui para SP para o casamento da minha prima e passei o resto da semana em Ubatuba. De carnaval mesmo, só vi as notícias quando voltei para casa. Agora, em 2011, continuo só vendo as notícias na tv e na net. A semana foi punk, muito trabalho, correria, pressão. Mas a ciência de que, ao fim de tudo, teria uma praia paradisíaca à minha espera, deu forças para pegar o touro pelo chifre e domá-lo!


Amanhã viajo. Feliz! Eu mereço esses diazinhos de praia e sossego. Na volta, conto como foi. Bom carnaval para todos!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Reencontros - II

Mas há encontros que precisam ser promovidos. Quem me conhece sabe de duas características minhas: sou prática e leal. Então, corro mesmo atrás de reencontrar as pessoas que são caras a meu coração.

Ano passado, consegui rever a Pati, que morou comigo em Coimbra e virou minha irmã, em Santa Catarina; a Fer, que estudou comigo no mestrado, também moramos juntas em Coimbra e se tornou amiga de infância (ela ficou em Portugal com o maridão tuga e nos reencontramos no Rio de Janeiro, onde também vi a Manu, caçulinha do nosso apartamento em terras lusitanas); a Natasha, outra companheira de apê que virou amigona do peito, em Niteroi; e Alice, queridíssima, que conheci em Coimbra e reencontrei em Ouro Preto, numa linda homenagem a seu pai (mas ela mora em Salvador).

Espero rever, em breve, Noemi, na minha passagem relâmpago por Salvador no carnaval, e fazer uma visita a Alê, em Curitiba, o mais rápido que eu puder! Pessoas e afeto. Isso é o que realmente importa.

Reencontros - II (imagens)

Alice
Pati


Nat
Fer



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Reencontros - I

O fato de Belo Horizonte ser um fazendão iluminado às vezes pode ser muito bom. Permite, por exemplo, encontrar pessoas queridas em nossas idas e vindas. Esses pequenos presentes do acaso têm chegado com frequência às minhas mãos. Como hoje. Reencontrei a Flávia (maluquete que eu adoro!) no bus. E, em alguns poucos minutos, falamos de razão, sentimento, identidade, idas e vindas.
Foi apaziguador saber que, como eu, há quem racionaliza demais e precisa dar espaço para o coração agir. Dar tempo ao tempo. Porque ele é sábio. E tudo sempre acontece quando, onde e como tem de ser.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Saldo

Foi bom o final de semana.
Sexta: teatro
Sábado: esquenta no Lanikai Tiki (bar havaiano em BH, comida e drinks ótimos e coloridos) e festa do Paco no Lapa (dançar, dançar, dançar!)
Domingo: cinema.


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pequenos milagres

Cena 1: de manhã, quando despertou, ela viu uma esperança (louva-deus). Diz a crença popular que ver uma esperança significa receber visita, encontrar alguém. Ela tem sonhado, até duas vezes por mês, que encontra de repente uma amiga que conhece desde a quinta série. 

Cena 2: aceitei um convite para ver a peça do Grupo Galpão no Palácio das Artes. Podia ir quinta-feira. Escolhi sexta. De repente, vejo-a ali, no saguão do teatro. Largo meu amigo e corro, meio incrédula, como ocorre quando o inesperado surge diante de nós. O abraço dura o minuto de uma eternidade. Longo. Sincero. Esperado. Três anos depois. Era minha amiga, que conheço desde a quinta série. Nós nos vimos pela última vez na minha despedida, antes da viagem para Portugal.

Pequenos milagres. 

(O nome da peça do Galpão é Pequenos Milagres. O Grupo recebeu 560 histórias verídicas de várias partes do Brasil, e quatro foram selecionadas para compor o espetáculo. O pedido era que as histórias fossem reais, com conteúdo surpreendente, como um pequeno milagre cotidiano)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Provocação

Ontem, me disseram que dá aflição ler meu blog. Fiquei bege. Em tom de brincadeira ou não, apareceu uma ruguinha. Então, tenho que comentar. Gente, válvula de escape não pode ter amarras. E eu, intensa como sou, com uma cabeça que ferve ferve ferve, preciso escrever. E dançar. Duas coisas que libertam. Catártico!


Mas se alguém sentiu que minhas dúvidas, buscas, incertezas, reflexões (nem sempre relacionadas a mim mesma...) afligem, todos sabem que essa complexidade toda não me abate. A alegria continua. A vida é boa. E segue. A gente querendo ou não. E, no meu caso, ela sempre me levou para caminhos não planejados. E todos foram sensacionais na minha trajetória de vida. Por isso o nome do blog é intermitência. Foram rupturas na linha contínua que cansou de seguir reto e precisou de uma sacudida para encurvar e mudar de rota. Independente do meu desejo naquele momento. Mas eu aceitei os desafios.


Agora, eu desejo uma bolsa de doutorado. Desejo morar fora outra vez. Desejo voltar a dirigir. Desejo ficar magra sempre sem fazer esforço. Desejo amar muito e ser amada mais ainda. E por aí vai. Mas as coisas não caem do céu. Pelo menos, nem sempre... Vamos ver o que a vida nos reserva!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O alimento do amor

Obra de Savador Dalí
Já ia desligar o computador. Mas Tom e Chico não deixaram. Ouvi-los e pensar em seus versos é um pulo para revermos nossos caquinhos, revivermos alegrias, respirarmos fundo e enchermos a cabeça de interrogações (quando achei que já nem havia mais espaço para tantas outras, rsrsrs, afinal o que mais se encontra nesse blog são questionamentos...).


Em relacionamentos, é possível alimentar a história unilateralmente? Amizades, por exemplo. Se só um amigo alimenta a amizade, os outros simplesmente deixam a vida rolar, ela corre risco de acabar? E o amor? Se duas pessoas se amam, mas somente uma alimenta a relação, pode acontecer de um belo dia, essa mesma pessoa, que tanto se dedicou a alimentá-la, cai em si e percebe que faltou alimento para ela própria?


E isso ocorre não é porque o amigo não gosta ou não se importa com você. O mesmo vale para uma relação amorosa. Às vezes você é realmente amado. Mas parece que as pessoas se esquecem. Acomodam-se. Não se lembram da mutabilidade e da fugacidade da existência humana. De que tudo muda em um segundo. É preciso movimento até para manter algo que lhe faz bem.


Porque o tempo é traiçoeiro. Ele pode fazer sentimentos crescerem ou se extinguirem na mesma proporção. E a gente nem vê. Quando percebe, o tempo passou, o sentimento mudou. Para mais. Ou para menos.


Diga que ama. Abrace. Beije. Não perca tempo. Não deixe para depois. Ame. Viva.

Poesia de Tom e Chico

Vinha do trabalho hoje, cansada, um calorão, metrô lotado, bolsa pesada... Mas ouvindo música, sempre. Eis que, de repente (a seleção está aleatória), toca "Eu te amo", de Tom e Chico. Que letra é essa, gente? Dois poetas. É para acabar o dia em grande estilo! Não é?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Fim do dia, um pouco de nostalgia

Semana de calor. Final de semana de calor. Muito calor. Por isso, o ventinho que me acaricia agora, entrando sem reservas pela janela do meu quarto, é um presente para este fim de domingo e traz a vontade de um início de semana mais feliz, mais leve, mais sereno.


Traz também nostalgia. Não há nenhuma ligação direta, mas vento me traz esse tipo de sentimento. Pelo dicionário, nostalgia seria tristeza causada por saudades da pátria. Quem ganha mundo sabe que a conotação de pátria muda. Que há pátria de fato, de coração, por adoção, por aceitação. Acabei de ler no facebook de minha querida amiga Fernanda que a torre da Universidade de Coimbra será aberta à visitação a partir de fevereiro.


O pátio da Universidade era bem o quintal da minha casa. Era só subir o quebra-costas, escadaria que liga a Baixa à Universidade, na Alta. Vou ter que ir lá. Espero que isso não tarde. Porque a torre vale não só por seu significado para Coimbra, mas como referência de quem morou, estudou, viveu, sentiu, riu e chorou pelas ruelas dessa cidade.


Preciso de um retorno para entender melhor o que se passa comigo. Para sentir o que é regressar. Para ver com outros olhos tudo. Todos. Não sei se isso se passa com todos que voltam para a pátria depois de um tempo fora... Existe uma ânsia de regresso. É fato. Sinto saudades. Muitas. Bem me avisou a Dra. Isabel Ferin. Experiente. Sábia. Mestre. As identidades são muitas. Pertencer e não pertencer. Diásporas.


Amália Rodrigues canta Coimbra:http://www.youtube.com/watch?v=LqB8RAPC9QM&feature=fvw


Balada da despedida, por Fernando Machado Soares: http://www.youtube.com/watch?v=AsqQXQ6H7dU

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Nostalgia...?

Coitado! que em um tempo choro e rio;
Espero e temo, quero e aborreço;
Juntamente me alegro e entristeço;
Duma cousa confio e desconfio.

Voo sem asas; estou cego e guio;
E no que valho mais menos mereço.
Calo e dou vozes, falo e emudeço,
Nada me contradiz, e eu aporfio.

Queria, se ser pudesse, o impossível;
Queria poder mudar-me e estar quedo;
Usar de liberdade e estar cativo;

Queria que visto fosse e invisível;
Queira desenredar-me e mais me enredo:
Tais os extremos em que triste vivo!

                            Camões

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Em crise, again????

Rio Douro
Passei dias ótimos, numa alegria só, por tudo e por nada.
Agora, a crise voltou. Aquela sensação de viver no limbo, de não conseguir recomeçar.
O recomeço aconteceu de fato, pois estou trabalhando, morando com minha vó, saindo, enfim, tocando a vida. Mas ele não aconteceu dentro de mim.
Não pertenço mais àquela vida de estudante na Europa. Não pertenço ainda à vida que encontrei aqui.
E, o pior, não sei que vida quero reconstruir. Se soubesse, seria menos difícil, teria uma meta e me dedicaria a correr atrás dela. Mas estou perdida. Às vezes num marasmo, numa rotina que faz o tempo voar sem percebermos e que faz ter preguiça de sair dessa "zona de conforto". Às vezes, num turbilhão, tantas ideias, tantos sentimentos, tudo junto e misturado, que também acaba levando à paralisia.

Dilema. Encruzilhada. Preciso de fazer a travessia. Urge! E agora? Para qual margem? E de qual rio?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

domingo, 30 de janeiro de 2011

Verdades e mentiras

Está um calor infernal. Sinto que vou derreter. Mas não é só o tempo, eu sinto que minha cabeça também ferve. Borbulha. Penso demais. E sinto demais. Como tudo é intenso! Acho que não sei ser diferente. E quando me permito viver algo até mesmo tresloucado, realmente de maneira intensa, depois fico medindo tudo, pesando tudo, racionalizando. Meu Deus, será que não dá para ser só coração de vez em quando? É tão paradoxal ser intenso e ao mesmo tempo racional... Seria ser humano?


E, agora, eu me questiono sobre o que é verdade, o que é mentira, como saber se alguém está sendo sincero ou não. Mas, no final das contas, isso realmente importa? Em que circunstâncias? Às vezes, a mentira é tão apaziguadora, enquanto a verdade fere, vem rasgando, deixando feridas pelo caminho, corpo, coração, umas pequenas, que saram com um soprinho, outras incuráveis... E, muitas vezes, sabemos que é mentira, mas a aceitamos como verdade em nome de momentos felizes. Afinal, momentos que ficam, que, quando viram lembranças felizes, tornam nossa vida mais leve. Afinal, era verdade naquela hora, para aquelas pessoas. E é isso que importa. Ponto.


(Eita viagem né gente! rs)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Passeio pelo antigo blog

Passeando pelo meu outro blog (www.janaemcoimbra.blogspot.com), como se diz em Portugal, "calhou" de eu encontrar um poema que veio a calhar (desculpem o trocadilho infame!):





Um Beijo

Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior... Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!
Morreste, e o meu desejo não te olvida:
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.
Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
batismo e extrema-unção, naquele instante
por que, feliz, eu não morri contigo?
Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,
beijo divino! e anseio delirante,
na perpétua saudade de um minuto....

Olavo Bilac, in "Poesias"
Imagem: "O beijo", de Gustav Klimt

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ah, linhas tortas!

As linhas tortas me deram uma rasteira! Danadas! Mas pelo menos acertaram um pouquinho. Me deram uma alegriazinha, bem estilo Mário Quintana, aquela coisa singela e bela, com palavras meigas no diminutivo. Mas a rasteira causou um certo estrago. Mas eu adorei. Podem vir, linhas tortas. Porque estou aqui, pro que der e vier!

Balanço

Meus queridos amigos e pessoas próximas sabem o que passei no último ano, como fui atropelada pelo retorno, como meu coração ficou apertadinho e sofrido com as circustâncias da vida e as soluções que são impostas por elas. Saída de uma vida pacata, longe do estresse da vida corrida do cotidiano, direto para a loucura urbana. Com uma vontade louca de continuar estudando, de lecionar, e o balde de água fria que foi não ter sido aprovada no doutorado da UFMG. E, nesse turbilhão, o coração, danado, apertado demais, sofrido, precisando de novo fôlego, depois de viver uma montanha russa de emoções no primeiro semestre e uma tristeza longa no segundo. Então, quem ler os dois posts anteriores vai entender. Como vai! E vai compartilhar comigo desse início de recomeço, de esperança de um 2011 melhor, mais leve, mais feliz. Subtrair pesos, esse é o lema!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Festival de Cinema

Amo cinema. E amo Tiradentes. Imagine então um festival de cinema brasileiro nessa cidade que mais parece um cenário de filme? Perfeito. Somam-se a isso boas companhias e o início de uma pequenina mudança dentro de mim depois de um ano muito fechada para várias coisas. Posso até dizer que foi um final de semana libertador, porque eu me permiti transgredir um pouco. Acho que é essa aura em torno da cidade, o clima que o cinema traz e que nos envolve.



A parte triste é que não pude aproveitar tanto, pois cheguei já no sábado à tarde e, pela programação, não é possível emendar um filme no outro, pois, quando um acaba, o outro já começou... Pena! Mas os dois que vi valeram.


O documentário "Leite e Ferro" apresenta a realidade das mulheres encarceradas que têm bebês. Elas ficavam em uma prisão especial, onde podiam amamentar os filhos por quatro meses até os entregarem para familiares ou instituições. À noite, na praça, super bacana o documentário "Elza", visto sob um céu estrelado. Vale a pena conferir. Elza é tudo de bom!


Domingo, como antes de irmos embora só haveria seminários de filmes que não tinha visto sábado e a Mostrinha, para crianças, fomos almoçar em Bichinho, comida no fogão à lenha, e depois curtir uma cachoeira. O duro foi ter que voltar para BH. Vida que segue...


Confiram! O festival segue até sábado: http://www.mostratiradentes.com.br/index.php

domingo, 23 de janeiro de 2011

Alegria

"Alegria,
Era o que faltava em mim,
Uma esperança vaga,
Eu já encontrei" (Cartola)



Este final de semana me mostrou que meu coração pode se abrir. Que a vida pode ser mais leve. Que temos que fazer algumas loucuras de vez em quando. Que sorrindo tudo fica mais fácil. Que um banho de cachoeira lava mesmo a alma. Que - mesmo sendo um super chavão eu vou dizer - há momentos que valem mais que meses, anos... Vamos linhas tortas, me levem!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Vamos dançar?

Façamos da interrupção um caminho novo.
Da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro! (Fernando Sabino)


Reprodução da obra "A dança", de Matisse

sábado, 15 de janeiro de 2011

Solidão e melancolia

Solidão e melancolia. Parece que esses momentos tornam-se mais comuns do que se imagina na vida de quem regressa. Eu prefiro ficar alto astral, otimista, para cima, iluminada! Claro! Mas às vezes, essa sombra chega e toma conta de mim assombrosamente. Deve ter a ver com a sensação de não pertencimento que fica. Ao vazio. Às dúvidas. A uma insatisfação não se sabe bem por quê. Pensei que essas coisas durassem menos...


Penso que se uma das questões caminhasse, ajudava. O quê? O coração, por exemplo. Claro. A vida tem que seguir. Já prestaram atenção em coisas paradas? Mofam. Estragam. Apodrecem. E, definitivamente, não desejo isso para mim nem para ninguém. É preciso luz. Movimento. Mudança. Intermitências...


Amigos podem ajudar. E o fato de vários terem se afastado me incomoda. Eles poderiam iluminar um pouco a vida de quem regressa. Inclusive, muitos que já passaram por isso poderiam ser agentes desse movimento. Ser amigos de quem volta e fica por aí feito barata tonta.


Mas as coisas são como são, não como queremos. E sinto falta de amigos que se espalharam pelo país e pelo mundo. Mas sinto de alguns que estão aqui do lado também. Fiz alguns movimentos de aproximação. Mas ando tão cansada. Alguém quer dar um novo primeiro passo???

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

Então é assim?

Acabei de sentir um frio na barriga. Borboletas no estômago. Engraçado que todo mundo fala disso e eu demorei milênios para sentir pela primeira vez... Faz um ano e meio que sinto isso, às vezes mais, às vezes menos, mas sempre pelo mesmo motivo. Nas primeiras vezes, pensei que eu estava doente, estressada, ansiosa, qualquer coisa, menos o que me disseram que era de verdade... Quando me falaram o que era isso, eu me assustei. Muito! Credo! Então é assim? E, cá estou eu, sentindo de novo... Só porque entrei na net... Ai ai... Linhas tortas, linhas tortas, onde vocês vão me levar?????

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

2011 - E agora José?

Inicialmente, pensei neste nome para o blog: "E agora José?". Afinal, essa sensação que nos passa o poema de Drummond descreve bem o que sinto por aqui. Mesmo um ano depois, ainda me pergunto: e agora?


O ano de 2011 chegou há três dias. E agora? No primeiro dia do ano fui surpreendida por uma situação meio desagradável, mas encarei como um teste do tipo: a vida é assim mesmo, vai encarar? Sim! Vou encarar e sem perder o otimismo. Faço a minha parte. Tento, ao menos. O segundo dia foi bom para um recolhimento. Solidão também faz bem de vez em quando. É, na verdade, essencial.


E agora, no terceiro dia, aquela história do cotidiano: acorda, pega metrô, vai ao trabalho, trabalha, almoça, trabalha, pega metrô, volta pra casa. Para quem viveu dois anos e quatro meses no exterior, com o luxo de poder se dedicar aos estudos e fazer umas viagenzinhas aqui, outras ali (graças à caixinha da dona baratinha acumulada a duras penas por dez anos...), convenhamos, é difícil readaptar...


De bom nesse dia 3 de janeiro de 2011 teve um sonho nessa noite, o encontro com três amigos por acaso e o início do cumprimento da primeira meta - ops! Desejo... - de 2011: fui à academia conhecer o lugar e me informar dos preços e das modalidades. E agora José: é dar cada passo de uma vez...


E para animar, uma mensagem que recebi da minha querida amiga Susana, que permanece em terras lusitanas:
"Quien tuvo la idea de cortar el tiempo en rebanadas, a las que se dió el nombre de 'año', fue un individuo genial. Industrializó la esperanza, haciéndola funcionar al límite del cansancio. Doce meses dan para que cualquier ser humano se canse y se rinda. Ahí entra el milagro de la renovación y todo empieza otra vez, con otro número y otra voluntad de creer que, de aquí en adelante, va a ser diferente."