Quem sou eu

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Belo Horizonte, Sou do mundo e sou Minas Gerais, Brazil
Quem eu sou? Eu era uma estudante de mestrado em Coimbra. Desde o início de 2010, estou tentando me redescobrir. Sei que mudei. Uma nova Jana com muitas coisas da antiga Jana e tantas outras por descobrir. Voltei ao Brasil. Mestre em Comunicação. Mas minha mente continua entre idas e vindas. E ela vai longe...

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

domingo, 30 de janeiro de 2011

Verdades e mentiras

Está um calor infernal. Sinto que vou derreter. Mas não é só o tempo, eu sinto que minha cabeça também ferve. Borbulha. Penso demais. E sinto demais. Como tudo é intenso! Acho que não sei ser diferente. E quando me permito viver algo até mesmo tresloucado, realmente de maneira intensa, depois fico medindo tudo, pesando tudo, racionalizando. Meu Deus, será que não dá para ser só coração de vez em quando? É tão paradoxal ser intenso e ao mesmo tempo racional... Seria ser humano?


E, agora, eu me questiono sobre o que é verdade, o que é mentira, como saber se alguém está sendo sincero ou não. Mas, no final das contas, isso realmente importa? Em que circunstâncias? Às vezes, a mentira é tão apaziguadora, enquanto a verdade fere, vem rasgando, deixando feridas pelo caminho, corpo, coração, umas pequenas, que saram com um soprinho, outras incuráveis... E, muitas vezes, sabemos que é mentira, mas a aceitamos como verdade em nome de momentos felizes. Afinal, momentos que ficam, que, quando viram lembranças felizes, tornam nossa vida mais leve. Afinal, era verdade naquela hora, para aquelas pessoas. E é isso que importa. Ponto.


(Eita viagem né gente! rs)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Passeio pelo antigo blog

Passeando pelo meu outro blog (www.janaemcoimbra.blogspot.com), como se diz em Portugal, "calhou" de eu encontrar um poema que veio a calhar (desculpem o trocadilho infame!):





Um Beijo

Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior... Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!
Morreste, e o meu desejo não te olvida:
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.
Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
batismo e extrema-unção, naquele instante
por que, feliz, eu não morri contigo?
Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,
beijo divino! e anseio delirante,
na perpétua saudade de um minuto....

Olavo Bilac, in "Poesias"
Imagem: "O beijo", de Gustav Klimt

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ah, linhas tortas!

As linhas tortas me deram uma rasteira! Danadas! Mas pelo menos acertaram um pouquinho. Me deram uma alegriazinha, bem estilo Mário Quintana, aquela coisa singela e bela, com palavras meigas no diminutivo. Mas a rasteira causou um certo estrago. Mas eu adorei. Podem vir, linhas tortas. Porque estou aqui, pro que der e vier!

Balanço

Meus queridos amigos e pessoas próximas sabem o que passei no último ano, como fui atropelada pelo retorno, como meu coração ficou apertadinho e sofrido com as circustâncias da vida e as soluções que são impostas por elas. Saída de uma vida pacata, longe do estresse da vida corrida do cotidiano, direto para a loucura urbana. Com uma vontade louca de continuar estudando, de lecionar, e o balde de água fria que foi não ter sido aprovada no doutorado da UFMG. E, nesse turbilhão, o coração, danado, apertado demais, sofrido, precisando de novo fôlego, depois de viver uma montanha russa de emoções no primeiro semestre e uma tristeza longa no segundo. Então, quem ler os dois posts anteriores vai entender. Como vai! E vai compartilhar comigo desse início de recomeço, de esperança de um 2011 melhor, mais leve, mais feliz. Subtrair pesos, esse é o lema!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Festival de Cinema

Amo cinema. E amo Tiradentes. Imagine então um festival de cinema brasileiro nessa cidade que mais parece um cenário de filme? Perfeito. Somam-se a isso boas companhias e o início de uma pequenina mudança dentro de mim depois de um ano muito fechada para várias coisas. Posso até dizer que foi um final de semana libertador, porque eu me permiti transgredir um pouco. Acho que é essa aura em torno da cidade, o clima que o cinema traz e que nos envolve.



A parte triste é que não pude aproveitar tanto, pois cheguei já no sábado à tarde e, pela programação, não é possível emendar um filme no outro, pois, quando um acaba, o outro já começou... Pena! Mas os dois que vi valeram.


O documentário "Leite e Ferro" apresenta a realidade das mulheres encarceradas que têm bebês. Elas ficavam em uma prisão especial, onde podiam amamentar os filhos por quatro meses até os entregarem para familiares ou instituições. À noite, na praça, super bacana o documentário "Elza", visto sob um céu estrelado. Vale a pena conferir. Elza é tudo de bom!


Domingo, como antes de irmos embora só haveria seminários de filmes que não tinha visto sábado e a Mostrinha, para crianças, fomos almoçar em Bichinho, comida no fogão à lenha, e depois curtir uma cachoeira. O duro foi ter que voltar para BH. Vida que segue...


Confiram! O festival segue até sábado: http://www.mostratiradentes.com.br/index.php

domingo, 23 de janeiro de 2011

Alegria

"Alegria,
Era o que faltava em mim,
Uma esperança vaga,
Eu já encontrei" (Cartola)



Este final de semana me mostrou que meu coração pode se abrir. Que a vida pode ser mais leve. Que temos que fazer algumas loucuras de vez em quando. Que sorrindo tudo fica mais fácil. Que um banho de cachoeira lava mesmo a alma. Que - mesmo sendo um super chavão eu vou dizer - há momentos que valem mais que meses, anos... Vamos linhas tortas, me levem!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Vamos dançar?

Façamos da interrupção um caminho novo.
Da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro! (Fernando Sabino)


Reprodução da obra "A dança", de Matisse

sábado, 15 de janeiro de 2011

Solidão e melancolia

Solidão e melancolia. Parece que esses momentos tornam-se mais comuns do que se imagina na vida de quem regressa. Eu prefiro ficar alto astral, otimista, para cima, iluminada! Claro! Mas às vezes, essa sombra chega e toma conta de mim assombrosamente. Deve ter a ver com a sensação de não pertencimento que fica. Ao vazio. Às dúvidas. A uma insatisfação não se sabe bem por quê. Pensei que essas coisas durassem menos...


Penso que se uma das questões caminhasse, ajudava. O quê? O coração, por exemplo. Claro. A vida tem que seguir. Já prestaram atenção em coisas paradas? Mofam. Estragam. Apodrecem. E, definitivamente, não desejo isso para mim nem para ninguém. É preciso luz. Movimento. Mudança. Intermitências...


Amigos podem ajudar. E o fato de vários terem se afastado me incomoda. Eles poderiam iluminar um pouco a vida de quem regressa. Inclusive, muitos que já passaram por isso poderiam ser agentes desse movimento. Ser amigos de quem volta e fica por aí feito barata tonta.


Mas as coisas são como são, não como queremos. E sinto falta de amigos que se espalharam pelo país e pelo mundo. Mas sinto de alguns que estão aqui do lado também. Fiz alguns movimentos de aproximação. Mas ando tão cansada. Alguém quer dar um novo primeiro passo???

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

domingo, 9 de janeiro de 2011

Então é assim?

Acabei de sentir um frio na barriga. Borboletas no estômago. Engraçado que todo mundo fala disso e eu demorei milênios para sentir pela primeira vez... Faz um ano e meio que sinto isso, às vezes mais, às vezes menos, mas sempre pelo mesmo motivo. Nas primeiras vezes, pensei que eu estava doente, estressada, ansiosa, qualquer coisa, menos o que me disseram que era de verdade... Quando me falaram o que era isso, eu me assustei. Muito! Credo! Então é assim? E, cá estou eu, sentindo de novo... Só porque entrei na net... Ai ai... Linhas tortas, linhas tortas, onde vocês vão me levar?????

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

2011 - E agora José?

Inicialmente, pensei neste nome para o blog: "E agora José?". Afinal, essa sensação que nos passa o poema de Drummond descreve bem o que sinto por aqui. Mesmo um ano depois, ainda me pergunto: e agora?


O ano de 2011 chegou há três dias. E agora? No primeiro dia do ano fui surpreendida por uma situação meio desagradável, mas encarei como um teste do tipo: a vida é assim mesmo, vai encarar? Sim! Vou encarar e sem perder o otimismo. Faço a minha parte. Tento, ao menos. O segundo dia foi bom para um recolhimento. Solidão também faz bem de vez em quando. É, na verdade, essencial.


E agora, no terceiro dia, aquela história do cotidiano: acorda, pega metrô, vai ao trabalho, trabalha, almoça, trabalha, pega metrô, volta pra casa. Para quem viveu dois anos e quatro meses no exterior, com o luxo de poder se dedicar aos estudos e fazer umas viagenzinhas aqui, outras ali (graças à caixinha da dona baratinha acumulada a duras penas por dez anos...), convenhamos, é difícil readaptar...


De bom nesse dia 3 de janeiro de 2011 teve um sonho nessa noite, o encontro com três amigos por acaso e o início do cumprimento da primeira meta - ops! Desejo... - de 2011: fui à academia conhecer o lugar e me informar dos preços e das modalidades. E agora José: é dar cada passo de uma vez...


E para animar, uma mensagem que recebi da minha querida amiga Susana, que permanece em terras lusitanas:
"Quien tuvo la idea de cortar el tiempo en rebanadas, a las que se dió el nombre de 'año', fue un individuo genial. Industrializó la esperanza, haciéndola funcionar al límite del cansancio. Doce meses dan para que cualquier ser humano se canse y se rinda. Ahí entra el milagro de la renovación y todo empieza otra vez, con otro número y otra voluntad de creer que, de aquí en adelante, va a ser diferente."