Quem sou eu

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Belo Horizonte, Sou do mundo e sou Minas Gerais, Brazil
Quem eu sou? Eu era uma estudante de mestrado em Coimbra. Desde o início de 2010, estou tentando me redescobrir. Sei que mudei. Uma nova Jana com muitas coisas da antiga Jana e tantas outras por descobrir. Voltei ao Brasil. Mestre em Comunicação. Mas minha mente continua entre idas e vindas. E ela vai longe...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Reencontros - II

Mas há encontros que precisam ser promovidos. Quem me conhece sabe de duas características minhas: sou prática e leal. Então, corro mesmo atrás de reencontrar as pessoas que são caras a meu coração.

Ano passado, consegui rever a Pati, que morou comigo em Coimbra e virou minha irmã, em Santa Catarina; a Fer, que estudou comigo no mestrado, também moramos juntas em Coimbra e se tornou amiga de infância (ela ficou em Portugal com o maridão tuga e nos reencontramos no Rio de Janeiro, onde também vi a Manu, caçulinha do nosso apartamento em terras lusitanas); a Natasha, outra companheira de apê que virou amigona do peito, em Niteroi; e Alice, queridíssima, que conheci em Coimbra e reencontrei em Ouro Preto, numa linda homenagem a seu pai (mas ela mora em Salvador).

Espero rever, em breve, Noemi, na minha passagem relâmpago por Salvador no carnaval, e fazer uma visita a Alê, em Curitiba, o mais rápido que eu puder! Pessoas e afeto. Isso é o que realmente importa.

Reencontros - II (imagens)

Alice
Pati


Nat
Fer



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Reencontros - I

O fato de Belo Horizonte ser um fazendão iluminado às vezes pode ser muito bom. Permite, por exemplo, encontrar pessoas queridas em nossas idas e vindas. Esses pequenos presentes do acaso têm chegado com frequência às minhas mãos. Como hoje. Reencontrei a Flávia (maluquete que eu adoro!) no bus. E, em alguns poucos minutos, falamos de razão, sentimento, identidade, idas e vindas.
Foi apaziguador saber que, como eu, há quem racionaliza demais e precisa dar espaço para o coração agir. Dar tempo ao tempo. Porque ele é sábio. E tudo sempre acontece quando, onde e como tem de ser.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Saldo

Foi bom o final de semana.
Sexta: teatro
Sábado: esquenta no Lanikai Tiki (bar havaiano em BH, comida e drinks ótimos e coloridos) e festa do Paco no Lapa (dançar, dançar, dançar!)
Domingo: cinema.


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pequenos milagres

Cena 1: de manhã, quando despertou, ela viu uma esperança (louva-deus). Diz a crença popular que ver uma esperança significa receber visita, encontrar alguém. Ela tem sonhado, até duas vezes por mês, que encontra de repente uma amiga que conhece desde a quinta série. 

Cena 2: aceitei um convite para ver a peça do Grupo Galpão no Palácio das Artes. Podia ir quinta-feira. Escolhi sexta. De repente, vejo-a ali, no saguão do teatro. Largo meu amigo e corro, meio incrédula, como ocorre quando o inesperado surge diante de nós. O abraço dura o minuto de uma eternidade. Longo. Sincero. Esperado. Três anos depois. Era minha amiga, que conheço desde a quinta série. Nós nos vimos pela última vez na minha despedida, antes da viagem para Portugal.

Pequenos milagres. 

(O nome da peça do Galpão é Pequenos Milagres. O Grupo recebeu 560 histórias verídicas de várias partes do Brasil, e quatro foram selecionadas para compor o espetáculo. O pedido era que as histórias fossem reais, com conteúdo surpreendente, como um pequeno milagre cotidiano)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Provocação

Ontem, me disseram que dá aflição ler meu blog. Fiquei bege. Em tom de brincadeira ou não, apareceu uma ruguinha. Então, tenho que comentar. Gente, válvula de escape não pode ter amarras. E eu, intensa como sou, com uma cabeça que ferve ferve ferve, preciso escrever. E dançar. Duas coisas que libertam. Catártico!


Mas se alguém sentiu que minhas dúvidas, buscas, incertezas, reflexões (nem sempre relacionadas a mim mesma...) afligem, todos sabem que essa complexidade toda não me abate. A alegria continua. A vida é boa. E segue. A gente querendo ou não. E, no meu caso, ela sempre me levou para caminhos não planejados. E todos foram sensacionais na minha trajetória de vida. Por isso o nome do blog é intermitência. Foram rupturas na linha contínua que cansou de seguir reto e precisou de uma sacudida para encurvar e mudar de rota. Independente do meu desejo naquele momento. Mas eu aceitei os desafios.


Agora, eu desejo uma bolsa de doutorado. Desejo morar fora outra vez. Desejo voltar a dirigir. Desejo ficar magra sempre sem fazer esforço. Desejo amar muito e ser amada mais ainda. E por aí vai. Mas as coisas não caem do céu. Pelo menos, nem sempre... Vamos ver o que a vida nos reserva!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O alimento do amor

Obra de Savador Dalí
Já ia desligar o computador. Mas Tom e Chico não deixaram. Ouvi-los e pensar em seus versos é um pulo para revermos nossos caquinhos, revivermos alegrias, respirarmos fundo e enchermos a cabeça de interrogações (quando achei que já nem havia mais espaço para tantas outras, rsrsrs, afinal o que mais se encontra nesse blog são questionamentos...).


Em relacionamentos, é possível alimentar a história unilateralmente? Amizades, por exemplo. Se só um amigo alimenta a amizade, os outros simplesmente deixam a vida rolar, ela corre risco de acabar? E o amor? Se duas pessoas se amam, mas somente uma alimenta a relação, pode acontecer de um belo dia, essa mesma pessoa, que tanto se dedicou a alimentá-la, cai em si e percebe que faltou alimento para ela própria?


E isso ocorre não é porque o amigo não gosta ou não se importa com você. O mesmo vale para uma relação amorosa. Às vezes você é realmente amado. Mas parece que as pessoas se esquecem. Acomodam-se. Não se lembram da mutabilidade e da fugacidade da existência humana. De que tudo muda em um segundo. É preciso movimento até para manter algo que lhe faz bem.


Porque o tempo é traiçoeiro. Ele pode fazer sentimentos crescerem ou se extinguirem na mesma proporção. E a gente nem vê. Quando percebe, o tempo passou, o sentimento mudou. Para mais. Ou para menos.


Diga que ama. Abrace. Beije. Não perca tempo. Não deixe para depois. Ame. Viva.

Poesia de Tom e Chico

Vinha do trabalho hoje, cansada, um calorão, metrô lotado, bolsa pesada... Mas ouvindo música, sempre. Eis que, de repente (a seleção está aleatória), toca "Eu te amo", de Tom e Chico. Que letra é essa, gente? Dois poetas. É para acabar o dia em grande estilo! Não é?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Fim do dia, um pouco de nostalgia

Semana de calor. Final de semana de calor. Muito calor. Por isso, o ventinho que me acaricia agora, entrando sem reservas pela janela do meu quarto, é um presente para este fim de domingo e traz a vontade de um início de semana mais feliz, mais leve, mais sereno.


Traz também nostalgia. Não há nenhuma ligação direta, mas vento me traz esse tipo de sentimento. Pelo dicionário, nostalgia seria tristeza causada por saudades da pátria. Quem ganha mundo sabe que a conotação de pátria muda. Que há pátria de fato, de coração, por adoção, por aceitação. Acabei de ler no facebook de minha querida amiga Fernanda que a torre da Universidade de Coimbra será aberta à visitação a partir de fevereiro.


O pátio da Universidade era bem o quintal da minha casa. Era só subir o quebra-costas, escadaria que liga a Baixa à Universidade, na Alta. Vou ter que ir lá. Espero que isso não tarde. Porque a torre vale não só por seu significado para Coimbra, mas como referência de quem morou, estudou, viveu, sentiu, riu e chorou pelas ruelas dessa cidade.


Preciso de um retorno para entender melhor o que se passa comigo. Para sentir o que é regressar. Para ver com outros olhos tudo. Todos. Não sei se isso se passa com todos que voltam para a pátria depois de um tempo fora... Existe uma ânsia de regresso. É fato. Sinto saudades. Muitas. Bem me avisou a Dra. Isabel Ferin. Experiente. Sábia. Mestre. As identidades são muitas. Pertencer e não pertencer. Diásporas.


Amália Rodrigues canta Coimbra:http://www.youtube.com/watch?v=LqB8RAPC9QM&feature=fvw


Balada da despedida, por Fernando Machado Soares: http://www.youtube.com/watch?v=AsqQXQ6H7dU

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Nostalgia...?

Coitado! que em um tempo choro e rio;
Espero e temo, quero e aborreço;
Juntamente me alegro e entristeço;
Duma cousa confio e desconfio.

Voo sem asas; estou cego e guio;
E no que valho mais menos mereço.
Calo e dou vozes, falo e emudeço,
Nada me contradiz, e eu aporfio.

Queria, se ser pudesse, o impossível;
Queria poder mudar-me e estar quedo;
Usar de liberdade e estar cativo;

Queria que visto fosse e invisível;
Queira desenredar-me e mais me enredo:
Tais os extremos em que triste vivo!

                            Camões

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Em crise, again????

Rio Douro
Passei dias ótimos, numa alegria só, por tudo e por nada.
Agora, a crise voltou. Aquela sensação de viver no limbo, de não conseguir recomeçar.
O recomeço aconteceu de fato, pois estou trabalhando, morando com minha vó, saindo, enfim, tocando a vida. Mas ele não aconteceu dentro de mim.
Não pertenço mais àquela vida de estudante na Europa. Não pertenço ainda à vida que encontrei aqui.
E, o pior, não sei que vida quero reconstruir. Se soubesse, seria menos difícil, teria uma meta e me dedicaria a correr atrás dela. Mas estou perdida. Às vezes num marasmo, numa rotina que faz o tempo voar sem percebermos e que faz ter preguiça de sair dessa "zona de conforto". Às vezes, num turbilhão, tantas ideias, tantos sentimentos, tudo junto e misturado, que também acaba levando à paralisia.

Dilema. Encruzilhada. Preciso de fazer a travessia. Urge! E agora? Para qual margem? E de qual rio?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011